sábado, 24 de março de 2018

A participação da renda do trabalho no Brasil é baixa?


É comum escutarmos que o Brasil é o país dos rentistas, a frase costuma ser justificada pela impressão que grande parte da renda nacional vai para investidores do mercado financeiro ficando apenas uma pequena parte para os donos do dito capital produtivo e uma parte ainda menor para os trabalhadores. O objetivo desse post é avaliar se a parte da renda que vai para o trabalho no Brasil é de fato muito baixa quando comparada a de outros países.

Para saber se a renda do trabalho no Brasil é muito baixa serão usados os dados da Penn World Table (link aqui), uma base de dados que cobre 182 países com informações para o período de 1950 a 2014 e informa a participação da renda do trabalho no PIB dos países. Para fins de análise serão considerados os países que possuíam mais de vinte milhões de habitantes em 1995. Antes de mostrar os números é importante registrar que o cálculo da participação da renda do trabalho na renda total não é algo trivial, fatores como informalidade, forte presença de pequenas empresas ou mesmo a composição setorial da economia podem distorcer os resultados obtidos. Caso deseje saber mais detalhes a esse respeito ver o artigo “Getting Income Shares Right” de Douglas Gollin publicado no Journal of Political Economy (link aqui), a respeito dessa questão para o Brasil o leitor pode dar uma olhada no artigo “Long-run Implications of the Brazilian Capital Stock and Income Estimates” que escrevi junto com Victor Gomes e Mirta Bugarin e foi publicado na Brazilian Review of Econometrics (link aqui). Naturalmente as dificuldades não impedem o uso dos dados, o fundamental é que procedimentos compatíveis foram usados para obter os números de cada país de forma que a comparação entre os países faça sentido.

Feitas as ressalvas, passemos aos números. Se considerarmos os dados dos trinta e seis países com dados disponíveis para todo o período e mais de vinte milhões de habitantes em 1995 temos que o valor médio da participação da renda do trabalho foi de 0,51, ou seja, na média dos países e dos anos o trabalho ficou com 51% da renda. Na mesma amostra de países a mediana foi de 0,52, o país com maior participação do trabalho na renda foi a Rússia com 72% e a menor participação foi observada no Iraque com apenas 22%, provavelmente por conta do petróleo. No Brasil o trabalho ficou com aproximadamente 55% da renda, não é um valor alto, mas também não é baixo. Ficamos acima da média, da mediana e acima de países como a Itália e a Coreia do Sul.




Quem me acompanha sabe de minhas reservas quanto a comparações entre países emergentes e países ricos, por conta disso repeti o exercício considerando apenas os países classificados como renda média alta pelo Banco Mundial. Nessa amostra a média foi 0,48 e a mediana foi de 0,51. Novamente ficamos acima da média e da mediana, de fato, considerando apenas esse grupo de países, ficamos com a quinta maior participação do trabalho na renda.




Os números desse post não permitem falar sobre os rentistas, mas sugerem que a participação do trabalho na renda no Brasil não é pequena quando comparada ao observado em outros países. Lembrem disso da próxima vez que esbarrarem em alguém dizendo que os trabalhadores brasileiros são muito explorados e que toda a renda vai para o capital.


terça-feira, 13 de março de 2018

A história do pato


Dois anos da manifestação que deu início a caminhada que levou ao impeachment de Dilma. Muitas histórias já foram e ainda serão contadas dessa e das manifestações que vieram nos meses seguintes. Uma das que mais gosto é a história do pato, ele não estava na manifestação de 13 de março de 2015, chegou depois, bem depois. Aliás, o pato não foi o único, muitos dos que depois se juntaram à causa do impeachment não estavam nas manifestações do dia 13/03, alguns chegaram a garantir que não daria em nada e o melhor a fazer era se conformar com Dilma, outros chegaram a fazer graça, mas essas são outras histórias.

O pato não teve a importância no Pixuleco, nem perto, mas teve sua graça, mais pelos desenrolar dos fatos do que pela participação dele nas manifestações. O pato simbolizava uma campanha da FIESP que dizia que não pagaria a conta. Que conta? Aqui que a história do pato fica interessante e ganha potencial de suplantar o Pixuleco no longo prazo. A referida conta era, em grande parte, de políticas feitas por Dilma e por Lula para transferir renda para turma da FIESP. Não é a primeira vez que governantes comprometem as contas públicas apostando na tese que dar dinheiro dos pagadores de impostos aos muito ricos é uma boa maneira de ajudar os pobres, infelizmente, pelo que vejo, não será a última. Alguém mais cínico diria que se não ajuda os pobres o dinheiro dado aos muito ricos ajuda os políticos que defendem a tese, mas essa também é outra história. O que interessa é que a história em si não é nova, Adelino Moreira diria que é uma história vulgar, o que torna a história particularmente interessante é o pato.

Como já disse o pato apareceu simbolizando a campanha da FIESP para não pagar a conta das políticas de Dilma que beneficiaram a turma da FIESP. Parte da turma de DIlma, ao que parece nessa parte estava a própria, ficou indignada com a "traição" da FIESP, bobagem, empresário quer lucro e não pagar a conta pode ser bem lucrativo. Outros viram no pato um simbolismo. Que simbolismo? Imagino que a maioria das pessoas veria o pato como uma provocação a quem deu dinheiro esperando apoio futuro e viu o suposto aliado se juntar aos que pediam o impeachment, mas a seita é composta por pessoas peculiares e conseguiram ver o contrário, como parte do delírio que confunde impeachment com golpe viram no pato uma alusão aos que estavam nas ruas dizendo que também não iam pagar o pato.

A história do pato começa com um governo mandando centenas de bilhões de reais para a festa de empresários amigos. Na seqüência a festa compromete as contas públicas trazendo a usual combinação de inflação, cortes de gastos e elevação de impostos, para piorar o mau uso do dinheiro é peça fundamental para jogar o pais em no que talvez tenha sido a maior crise de nossa história. O povo revoltado sai às ruas pedindo o fim do governo, os empresários amigos se juntam aos manifestantes dizendo que não vão pagar a conta da festa. Para simbolizar a "mudança de lado" mandam o boneco de um pato para animar as manifestações. Apoiadores da presidente afastada entendem o pato como uma referência aos manifestantes. Difícil imaginar uma história que represente melhor que a do pato o final do governo Dilma.

Se pelo a história servir para futuros patos governantes não financiarem a festa dos empresários amigos...


domingo, 11 de março de 2018

Proteção e tarifas nos EUA e no Brasil: Como estão as tarifas de cada país em relação as tarifas de países semelhantes?


O jornal Washington Post fez um texto interessante para questionar afirmações de Peter Navarro, assessor de Trump, dizendo que os EUA possuem as menores tarifas do mundo (link aqui). A conclusão do jornal é que as tarifas nos Estados Unidos estão entre as mais baixas, mas que dizer que são as mais baixas do mundo é ir muito longe. Resolvi pegar carona no artigo e olhar com mais cuidados os dados de tarifa do Banco Mundial e ver onde se enquadra os Estados Unidos. O artigo do Washington Post cita os dados que vou usar, mas a análise deles é centrada nos dados da Organização Mundial do Comércio que incluem barreiras não tarifárias. Além de divertido o exercício ilustra mais uma vez os perigos de comparar países ricos com países emergentes.

A medida de tarifa usada no post será a média ponderada das tarifas aplicadas por cada país no período que vai de 2011 a 2015, a ponderação é feita pela quantidade importada de cada produto. Comecemos comparando os Estados Unidos com a OCDE e grupos de países definidos pela renda de acordo com a classificação do Banco Mundial (link aqui). Os dados estão na figura abaixo, repare que de fato as tarifas médias nos Estados Unidos são mais baixas que em todos os grupos, inclusive o grupo dos países de renda alta e a OCDE. Desta forma está justificada a conclusão que os Estados Unidos possuem tarifas baixas. Note também que existem saltos entre as tarifas dos diversos grupos de países, o que ilustra os riscos de comparar países de grupos diferentes. Lembre disso quando comparar as tarifas dos EUA com as do Brasil, para ser mais claro: o Brasil não é referência para os Estados Unidos.




Para comparar os Estados Unidos com outros países ricos selecionei esse grupo de países e excluí os que possuem menos de dez milhões de habitantes. O procedimento me deixou com dezoito países, porém onze são países europeus que possuem as mesmas tarifas. Para não carregar a figura com dados redundantes juntei esses países com o rótulo “Países da Europa”. A figura abaixo mostra o resultado, repare que os Estados Unidos estão no meio da lista, abaixo da Coreia do Sul, Arábia Saudita, Chile e Austrália e acima dos Países da Europa, Japão e Canadá. A conclusão é que os dados do Banco Mundial reforçam a conclusão do Washington Post: as tarifas dos Estados Unidos são baixas, mas não dá para dizer que são as mais baixas do mundo.




E se fizermos o mesmo exercício para o Brasil? Na semana passada tanto o Banco Mundial quanto a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) lançaram documentos recomendando que o Brasil abra mais a economia (link aqui e aqui). Os dados do Banco Mundial suportam a tese que a economia brasileira é fechada? A figura abaixo mostra as tarifas no Brasil comparadas com as dos mesmos grupos de renda de países usados para os Estados Unidos e com América Latina e Caribe no lugar da OCDE. Reparem que no Brasil a tarifa média está acima do grupo de países de renda média-alta, grupo onde o Banco Mundial classifica o Brasil, também está acima da média da América Latina e Caribe, de fato nossas tarifas só perdem para a média dos países de renda baixa.




A comparação no grupo de países não nos deixa em situação melhor. Aplicado o mesmo procedimento usado para os Estados Unidos, países do mesmo grupo com mais de dez milhões de habitantes, fiamos com a terceira tarifa mais alta, na “nossa frente” estão apenas Irã e Venezuela. Logo abaixo do Brasil aparece Argélia e depois Cuba, sim o Brasil tarifa mais do que Cuba. Nossa tarifa média de 8,34% está acima da observada na Rússia, 5,34%, e na China, 3,4%. Se considerarmos os países da América do Sul a Argentina aparece com 6,39%, seguida do Equador, 4,82%, Colômbia, 4,67% e Peru, 2,93%. No México a tarifa média é de 4,12%, menos da metade da nossa. Se alguém ficou curioso com Cuba nos países de renda média-alta eu informo que também desconfio do dado, é fato conhecido que dados oficiais de ditaduras são suspeitos. O Banco Mundial, uma organização multilateral, não pode destoar muito dos dados oficiais, não sei o Banco Mundial pode fazer como o FMI e excluir Cuba das bases de dados e, mesmos e puder, não sei se seria a melhor estratégia. Quem estiver interessado em estimativas não oficiais para a renda média de Cuba recomendo os dados do Projeto Maddison que usei em post sobre Cuba (link aqui).



Os dados para os Estados Unidos mostram um país com tarifas baixas, porém maiores do que afirmam os propagandistas do aumento de tarifas na terra da liberdade. Para o Brasil o recado é que destoamos dos países do nosso grupo em relação a tarifas, somos um país de renda média-alta com tarifas de país pobre. O resultado que o Brasil é mais fechado do que deveria ser aparece com outras medidas de abertura, em setembro de 2016 outro post do blog chegou a conclusões semelhantes quanto a abertura no Brasil usando dados de exportação e importação(link aqui). Podemos continuar criticando métricas e justificando porque somos diferentes ou aproveitar o embalo dos relatórios do Banco Mundial e da SAE/PR para começarmos a abrir nossa economia. Não precisamos nos inspirar em países com fama liberais, na situação atual reduzir nossas tarifas para o nível de Cuba já seria um avanço, ou, ironias à parte, podemos tentar chegar na média dos países de renda média-alta ou quem sabe no nível da China comunista... desculpem, não resisti.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Dados do PIB para 2017: É caminhando que se vai ao longe?


Hoje saiu o resultado do PIB de 2017, segundo o IBGE (link aqui) o PIB cresceu 1% depois de dois anos consecutivos de queda. A pergunta é se o resultado foi bom, minha resposta é que foi, mas não é uma resposta segura. Não digo isso apenas porque depois de cair por dois anos seguidos qualquer crescimento é bom, o que poderia ser um argumento, digo porque os números parecem mostrar uma recuperação consistente, o que é muito diferente de uma recuperação rápida. Desde que o Brasil decidiu reviver a década de 70, lá por meados da década passada, tento alertar dos riscos da experiência. O Brasil não é e não quer ser China de forma que não deve esperar um crescimento chinês. Nesse sentido estaria mais preocupado com um crescimento de 5% do que estou com o crescimento de 1%.

Os números apontam para a recuperação. Se o leitor for ver os dados do IBGE vai encontrar uma série de medidas de variação do PIB, nas figuras desse post vou usar apenas as taxas de crescimento acumuladas em quatro trimestres, faço isso para não ter de discutir efeitos de sazonalidade ou coisas do tipo. A figura abaixo mostra a taxa de variação do PIB desde de 1996. A queda que começa no segundo trimestre de 2014 é o retrato da crise. Se olhássemos para a variação no trimestre, não é o que está na figura, veríamos que no primeiro trimestre de 2014 houve um crescimento de 3,5%, na sequência tivemos quedas em todos os trimestres até o primeiro de 2017 quando a taxa foi zero, ficando positiva nos trimestres seguintes.





Em outros posts argumentei que a recuperações rápidas de crises, como aconteceu em 2009, podem ser sinais que novas crises virão no futuro próximo, o que parece ser uma recuperação impressionante costuma ser apenas um adiamento da crise (link aqui). A comparação entre a recuperação da queda de 2009 e da queda atual pode ser feita apenas olhando a figura. Ao que tudo indica não estamos diante de uma nova tentativa de adiar uma crise, pelo contrário.

A impressão que estamos nos recuperando de forma correta fica reforçada quando olhamos os números que formam o PIB. Comecemos pelo lado da oferta, a figura abaixo mostra o desempenho da agropecuária, da indústria e dos serviços entre 1996 e 2017. Aparentemente nossa recuperação é um golpe de sorte em decorrência do crescimento excepcional da agropecuária, é possível, se for o caso minha tese da recuperação consistente vai por água abaixo. O resultado da agropecuária depende muito de eventos climáticos e de fatores externos, de forma que é difícil relacionar esse crescimento com uma recuperação da economia como um todo. A indústria, que costuma responder mais a fatores internos, ficou estacionada em 2017 e os serviços, maior responsável pelo emprego, cresceu 0,3% o que na prática pode ser visto como estagnação. A não recuperação dos serviços pode ser a causa da não recuperação do emprego na velocidade desejada. Em resumo, a conclusão da figura abaixo é que o crescimento foi eventual e não mostra uma recuperação.




Olhando os setores a conclusão é que não temos motivos para comemorar além do fato que o governo está mais preocupado em arrumar a casa por meio de reformas do que em forçar o crescimento da economia. Se abrimos mais os dados a conclusão pode ficar um pouco menos dura. É verdade que o melhor desempenho na indústria é da extrativa, que também está relacionada a fatores externos, isso reforça a tese do acaso. Por outro lado, a decomposição do crescimento entre os setores da indústria permite observar a recuperação da indústria de transformação. Aqui não posso deixar de registrar que na virada de 2014 para 2015, quando o impeachment ainda não estava na mesa e a economia estava em trajetória de queda, tanto a indústria extrativa quanto a agropecuária mostravam forte crescimento o que é uma forte evidência contra a tese que culpa as commodities por nossa crise. 

Se olharmos as taxas trimestrais, que não estão na figura, a indústria de transformação cresceu 6% no quarto trimestre de 2017, contra queda de 3,4% no quarto trimestre de 2016, queda de 11,5% no quarto trimestre de 2015 e queda de 6% no quarto trimestre de 2014. Mesmo em 2010, nosso ano de maior crescimento nas últimas décadas, a indústria de transformação não cresceu tanto no quarto trimestre, naquele ano a indústria, que chegou a crescer 15,9% no primeiro trimestre, cresceu 3,4% entre outubro e dezembro.



Quem está segurando a recuperação da indústria como um todo é a construção. Repare que ao contrário da indústria de transformação a indústria da construção não mostra um padrão de recuperação. O lado ruim disso é que o encolhimento da construção dificulta o crescimento do emprego com impacto em mão de obra não qualificada, pessoal que sofre nas crises. O lado positivo é que esse setor cresceu muito no período anterior a crise, na época se falou de bolha da construção civil, e precisava mesmo passar por um ajuste. Outro ponto positivo é que o governo está se controlando em estimular a indústria da construção, ou seja, o governo não está adiando o ajuste do setor. Se o governo vai se manter na linha em ano eleitoral é coisa que não sei dizer, programas de incentivo a construção fazem a alegria da classe média que sonha com casa própria, dos pobres que conseguem empregos nas obras e dos ricos que são donos das construtoras, entretanto, crescimento artificial nesse setor cria bolhas que podem ser desastrosas como o mundo viu em 2008 na crise que começou no setor de construção dos EUA. O ajuste da construção é um remédio amargo que deve ser tomado para evitar problemas maiores no futuro próximo.

A construção não apenas esconde a recuperação da indústria, esconde também a recuperação do investimento. A figura abaixo mostra as taxas de variação do consumo das famílias, do consumo do governo e do investimento. Como é possível ver o menor ajuste foi no consumo do governo, depois o consumo das famílias e o grande ajuste foi no investimento que continua com taxa de variação negativa, a queda foi de 1,8%. Entretanto, se abrimos os números, é possível ver que o item “máquinas e equipamentos” cresceu 3% contra uma queda de 5,6% no item “construção”. Como construção responde pela maior parte do investimento, em 2017 foi 52,25 contra 32,95 de máquinas e equipamentos, o resultado final foi de queda, mas a recuperação do investimento em máquinas e equipamentos é relevante, principalmente quando observamos que esse tipo de investimento teve queda de 7% em 2014, 22,3% em 2015 e 15,6% em 2016. Outro aspecto relevante é que o aumento do investimento em máquinas e equipamentos ocorreu em um período de queda dos desembolsos do BNDES, o que sugere tratar-se de uma recuperação de fato e não de um movimento artificial.



Um último aspecto a ser analisado é o setor externo, a figura abaixo mostra a taxa de variação das exportações e importações. Depois da queda nas importações e aumento das exportações, fenômeno razoável em época de crise onde famílias compram menos e empresas buscam mercados externos para compensar a queda nas vendas locais, observamos nos últimos trimestres um aumento simultâneo das exportações e importações. A figura não mostra, mas o saldo comercial foi positivo em 2017, o que também não quer dizer muita coisa.




A análise imediata dos números do PIB sugere uma recuperação, afinal paramos de encolher e voltamos a crescer, mesmo que pouco. Uma análise com um pouco mais de cuidado acende uma luz amarela, agropecuária e indústria extrativa, os setores com melhor desempenho, dependem mais fatores como mercado externo e clima do que de reformas e fundamentos sólidos na economia, reforça o sinal de alerta a queda no investimento. Aprofundando um pouquinho mais podemos ver sinais de uma recuperação consistente, a indústria de transformação voltou a crescer e o investimento em máquinas e equipamentos também cresceu. Tanto a estagnação da indústria quanto a queda do investimento são explicadas pela crise na construção civil.