1. Petrobras: No vídeo abaixo a presidente, então ministra chefe da Casa Civil, começa falando contra a necessidade de uma CPI da Petrobras, até aí tudo bem, o fato da Petrobras ser palco de diversos casos de corrupção não necessariamente implica que uma CPI teria sido útil. Na seqüência a presidente resolver falar sobre a contabilidade da Petrobras. Quem acreditou no discurso da presidente aprendeu que a Petrobras era uma empresa com excelentes práticas de governança corporativa e que se assim não fosse não atrairia investidores do mundo todo. Dilma não era alguém distante da empresa, quando ela deu as declarações já tinha experiência como ministra das Minas e Energia, presidente do Conselho da Petrobras e estava na Casa Civil.
Daí e veio o tempo cruel e mostrou que as práticas de governança da Petrobras eram muito ruins, a própria empresa reconheceu o problema e criou uma nova diretoria para cuidar da governança. O que fez a presidente? Reconheceu que errou ao afirmar que a empresa tinha excelentes práticas de governança? Longe disto, acusou o antecessor de não ter combatido os problemas na empresa. Agora eu pergunto ao amigo, se você recebesse uma empresa de alguém que não confia (ou mesmo de quem confia) não seria o caso de fazer uma auditoria completa para levantar todos os problemas antes de sair dizendo que empresa estava muito bem? Por quase dez anos Dilma teve todas as oportunidades de ver se tinha algum problema na Petrobras, depois de todo este tempo concluiu e disse para quem quis ouvir que a empresa não tinha problemas. Como eu fico? Acredito na Dilma que disse que a empresa não tinha problema ou na Dilma de hoje? Particularmente não acredito em nenhuma das duas...
2. Energia: Dilma se considera uma especialista em energia, deve ser, do contrário Lula nunca a teria posto como ministra das Minas e Energia (viram com eu sou um sujeito crédulo?). No vídeo abaixo Dilma garante que sua política para o setor nos garantiria uma energia mais barata, que éramos uma potência energética e que não havia "nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo". Ouvindo as palavras da presidente especialista em energia homens ainda mais crédulos do que eu só tinham uma coisa a fazer: gastar mais energia! Era o momento de investir em produção intensiva em energia, de comprar eletrodomésticos sem ligar para consumo de energia e etc. Foi nos dada a garantia de energia elétrica abundante e barata.
Novamente o tempo foi cruel e aprontou a presidente. O risco de racionamento é reconhecido pelas próprias autoridades do setor, as seguidas elevações no preço da energia destruíram a promessa da energia barata, mais uma vez a realidade foi o contrário do que a presidente afirmou. Pensa que ela reconheceu o erro e pediu desculpas? Que entendeu que a intervenção que o governo dela fez no setor elétrico foi das políticas mais desastrosas que temos registros? Se pensas assim estás muito enganado, a presidente simplesmente não fala mais no assunto, os apoiadores do governo que defenderam a intervenção também não gostam de falar no assunto e, se forçados a se pronunciar, se limitam a acusar quem mostra os fatos ou um governo que saiu do poder já faz mais de uma década.
3. Crescimento e Inflação: Durante a campanha Dilma foi entrevistada pelo Jornal Nacional, na entrevista William Bonner a questionou sobre o estado da economia. A resposta pode ser vista no vídeo abaixo lá pelo décimo segundo minuto (não encontrei uma versão do vídeo só com a parte da economia). Dilma nega a crise e fala que os indicadores de antecedentes apontam para a retomada do crescimento no segundo semestre de 2014, notem que ela parece se orgulhar do governo dela não ter aumentado impostos. A economista Dilma também rebate o comentário que a inflação estava no teto da meta argumentando que olhada mês a mês a inflação estava caindo (comentei aqui sobre a queda da inflação a que a presidente se referiu).
Sem dó nem piedade da presidente economista o tempo mais uma vez desvendou uma realidade contrária a que ela previu. A recuperação da economia não veio, pelo contrário, hoje já se fala de crescimento negativo em 2014 e 2015, crescimento negativo por dois anos seguido é algo que há muito não se vê por nossas bandas. A inflação ficou mesmo no teto da meta e queda prevista pela presidente não aconteceu, para 2015 mesmo o ministro da Fazenda já fala em inflação acima do teto da mera. E quanto a não aumentado impostos? Pois é, agora teve de aumentar... e cortar os direitos trabalhistas que em outro lugar ela garantiu não cortar "nem que a vaca tussa". Assim como nos outros casos Dilma nunca se desculpou e nunca reconheceu o erro. Sabe como é, os nobres não erram os fato é que conspiram contra os sábios líderes da Casa da Estrela Vermelha.
Nada há para criticá-la, ela acertou tudinho mas, apenas com sinal contrário.
ResponderExcluirPrezados
ResponderExcluirPrecisamos cruzar esta matéria ( divulgar nas redes sociais ) com uma entrevista da ex-presidente da Petrobrás, Graça Foster, admitindo na época da emergente exibição do Balanço da Estatal, de que não era possível conciliar as contas para endosso da Auditoria Externa.