Depois de olhar os votos por partidos e por estados (link
aqui) resolvi olhar os votos por bancadas temáticas. Encontrar os deputados de
cada bancada foi mais trabalhoso do que pensei, depois de algumas buscas
encontrei uma página do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar) com os deputados distribuídos por bancadas (link aqui). Peguei
todas as bancadas disponíveis com exceção da “bancada dos parentes” e cruzei
com os dados da votação do texto-base da previdência. O resultado está resumido
na figura abaixo.
A bancada evangélica deu 90,4% dos votos para o texto-base
da reforma, a bancada empresarial de 91,7%, a bancada feminina deu 67,5%, a bancada
ruralista deu 91,9%, a bancada da segurança deu 94,9% e a bancada sindical deu
8,8%. Com exceção da bancada sindical todas as outras votaram em peso pela
aprovação das reformas. A composição de cada bancada está na página do DIAP que
citei acima. A bancada sindical é composta por trinta e cinco deputados sendo
que dezenove são do PT, quatro do PCdoB e um do PSOL de forma que 68,5% da
bancada é composta por deputados de partido que votaram de forma unânime contra
a reforma, do restante quatro são do PSB e um do PDT totalizando vinte e nove
deputados em partidos que fecharam questão contra a reforma.
A análise por bancada é interessante por permitir avaliar o
potencial da estratégia de trocar partidos por bancadas nas negociações com o
Congresso. Comparando os resultados do post anterior com a análise da votação por
partidos e estados com os resultados desse post não percebi um padrão claro que
desse uma dica sobre a relevância de bancadas e partidos na definição de votos
dos deputados. Talvez com mais análises e mais dados referentes a outras
votações o resultado apareça, fica a dica para quem gosta de política e está
sem assunto para monografia.
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